quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

No Fundo do Baú . . .


Sem Título. Déc. 1990. Acrílica sobre tela.

Essa semana tive um prazeroso reencontro com um trabalho que fiz na década de 1990. Final dos anos 90, mas, de qualquer forma: do século passado! Engraçado pensar no tempo, no seu fluir transformador e, às vezes, quase imperceptível. . . Vamos nos adaptando e temos a sensação de que sempre "somos" do tempo presente. . . ou não! rsrsrss. . . felizmente!!!  Mas, o fato é que carregamos as sutilezas do tempo.
Atemporal é a arte. Talvez por lidar com essências, ela transcende seu tempo. E isso é muito bom!!! Já pensou se a arte barroca ou renascentista, ou de qualquer outro período, já não nos dissesse nada?! Nos fosse indiferente, não despertasse nenhum sentimento em nós? A Guernica de Picasso seria,  apenas, uma imagem dilacerada e muda; Não "ouviríamos" os sons dos disparos, nem sentiríamos o pavor nos olhos dos homens do Fusilamentos de 13 de maio, de Goya;  Tampouco, ficaríamos inebriados diante  das paisagens de Monet, da feminilidade imperiosa da Vitória de Samotrácia,  ou dos gotejamentos de tinta de Jackson Pollock. Aliás, a ele, hoje, o meu tributo!
Realmente, os séculos não nos separam. . . a arte é a linguagem de todos os tempos.

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